Variações no campo visual do espaço de trabalho do artista forense durante a realização de retratos falados através de videochamadas

Autores

  • Gustavo Faúndez Salinas Universidad de Chile

DOI:

https://doi.org/10.16925/cf.v5i1.2303

Palavras-chave:

arte forense, entrevista cognitiva, retrato falado, proxêmica, rapport

Resumo

Introdução: este artigo expõe os resultados de um estudo já concluído, cujo objetivo foi determinar se, durante a realização de retratos falados através de videochamadas, é possível demonstrar uma correlação entre a amplitude do campo visual do testemunho ou vítima e o espaço de trabalho do artista forense, bem como a similaridade resultante entre o retrato e o rosto da pessoa que vai ser identificada. Abordagem: o estudo faz ênfase na aplicabilidade dos novos meios tecnológicos no contexto latino-americano, particularmente na superação das distâncias físicas entre as vítimas e as autoridades judiciárias de alguns países da região. Metodologia: um primeiro grupo de 24 voluntários localizado em Santiago do Chile participou de entrevistas cognitivas individuais com um artista forense situado em Dundee (Reino Unido) através de videochamadas, 24 horas depois de ter observado brevemente a fotografia de um dos personagens de uma série de TV britânica não transmitida no Chile. Durante as entrevistas, 12 voluntários tiveram acesso visual à imagem do tronco superior do artista e seu espaço de trabalho, enquanto os outros 12 observaram apenas uma parede branca na tela. Posteriormente, um segundo grupo de 24 pessoas, também localizado no Chile, avaliou a similaridade dos retratos em relação às imagens originais utilizando uma escala Likert. Resultados: os dados obtidos sugerem que não há correlação direta entre as variáveis consideradas, o que implica que as mudanças no ambiente de realização das entrevistas não teriam efeito significativo na composição dos retratos. Conclusão: a ilusão de copresença parece não ser imperativa para a criação do rapport entre o entrevistado e o artista forense.

Biografia do Autor

Gustavo Faúndez Salinas, Universidad de Chile

Departamento de Anatomía y Medicina Legal

Referências

Taylor K. Forensic Art and Illustration. Boca Raton: CRC Press; 2001.

International Association for Identification [Página principal en internet]. Hollywood, FL [consultado

Julio 2017]. Disponible en: https://www.theiai.org/disciplines/art/history.php.

History by the Yard [página principal en internet]. Londres [actualizada 29 Sept 2015; consultado 30

Jun 2017]. Disponible en: http://www.historybytheyard.co.uk/percy_lefroy_mapleton.htm.

Sekula A. The body and the archive. October. 1986; (39): 3-64.

Tagg J. The Burden of Representation: Essays in Photographies and Histories. Minnesota: University

of Minnesota Press; 1998.

Laugherly K, Fowler R. Sketch artist and identi-kit procedures for recalling faces. Journal of Applied

Psychology. 1980; 65(3): 307-316.

Brace N, Pike G, Allen P, Kemp R. Identifying composites of famous faces: Investigating memory, lan-

guage and system issues. Psychology, Crime and Law. 2006; 12(4): 351-366.

Fisher R, Geiselman R. Memory-enhancing Techniques for Investigative Interviewing: The Cognitive

Interview. Springfield, Illinois: Charles C. Thomas; 1992.

Fisher R, Ross S, Cahill B. Interviewing witnesses and victims. En: Granhag P, editor. Forensic Psycho-

logy in Context: Nordic and International Approaches. Cullompton: Willan Publishing; 2010.p. 56-74.

Darling S, Martin D, Hellmann JH, Memon A. Some witnesses are better than others. Personality and In-

dividual Differences. 2009; 47(1): 369-373.

Valentine T, Bruce V. Recognizing familiar faces: The role of distinctiveness and familiarity. Canadian

Journal of Psychology. 1986; 40(3): 300-305.

Bruce V. Perceiving and recognising faces. Mind and Language. 1990; (5)4: 343-364.

Nash R, Houston K, Ryan K, Woodger N. Remembering remotely: would video-mediation impair

witnesses’ memory reports? Psychology, Crime & Law. 2014; 20(8): 756-768.

Kuivaniemi-Smith H, Nash R, Brodie E, Mahoney G, Rynn C. Producing facial composite sketches in

remote Cognitive Interviews: a preliminary investigation. Psychology, Crime & Law. 2014; 20(4): 389406.

Hall E. The Hidden Dimension. New York: Doubleday; 1966.

Jakobsen M, Sahlemariam Y, Knudsen S, Hornbaek K. Information visualization and proxemics: Design

opportunities and empirical findings. IEEE Transactions on Visualization and Computer Graphics.

; 19(12): 2386-2395.

Slater M, Spanlang B, Corominas D. Simulating virtual environments within virtual environments

as the basis for a psychophysics of presence. ACM Transactions on Graphics. 2010; 29(4).

Kastanis I, Slater M. Reinforcement learning utilizes proxemics: An avatar learns to manipulate the position of people in immersive virtual reality. ACM Transactions on Applied Perception. 2012; 9(1).

Witmer B, Singer M. Measuring presence in virtual environments: A presence questionnaire. Presence.

; 7(3): 225-240.

International Ethical Guidelines for Health-related Research Involving Humans. 4a ed. Geneva: Coun-

cil for International Organizations of Medical Sciences (CIOMS); 2016.

La Rocca S, Martínez G, Rascio A, Bajardi M. La investigación biomédica y el consentimiento informado en el ámbito de las poblaciones e individuos vulnerables. Acta Bioethica. 2005; 11(2):169-181.

Como Citar

1.
Faúndez Salinas G. Variações no campo visual do espaço de trabalho do artista forense durante a realização de retratos falados através de videochamadas. Antistio Rev. Cient. INMLCF Colomb. [Internet]. 23º de julho de 2018 [citado 5º de dezembro de 2025];5(1):7-18. Disponível em: https://revistasforensesmedicinalegalgovco.biteca.online/index.php/an/article/view/2303

Downloads

Não há dados estatísticos.

Publicado

2018-07-23

Edição

Seção

Artigos de pesquisa